terça-feira, 28 de julho de 2015

Igualdade: Uma analise da obra “Selma”

O filme “Selma” (2014, Paramount Pictures), da diretora Ava DuVernay, é uma biografia cinematográfica do pastor e ativista social Martin Luther King Jr. Que apresenta as marchas realizadas por ele e seus seguidores em 1965, entre a cidade de Selma até a capital do estado, Montgomery, em busca do reconhecimento dos direitos eleitorais da comunidade afro-americana.
A trama apresenta Martin Luther King Jr. Como um homem político, movido pela justiça. Várias biografias o retratam como uma pessoa inabalável e muito doce. Mas Selma foge de suas relações familiares e amorosas, não demonstrando muitos sentimentos. Este é um homem essencialmente tático, equilibrado e humano, pois não o mostram como um mártir, um tanto “endeusado”, mas sim um cidadão, que vai a busca de seus sonhos, sendo assim merecido seu grande destaque na imprensa internacional.
No papel principal, o inglês David Oyelowo contribui de forma espetacular no filme, tanto que ganhou a estatueta do Golden Globe Awards na categoria de melhor ator. David consegue humanizar a personagem, mostrando- se como um homem neutro em cenas cheias de emoção, evitando a atuação-espetáculo, como ocorre com Eddie Redmayne em A Teoria de Tudo, onde o ator transforma Stephen Hawking na pessoa mais carismática do mundo.
O pastor Martin Luther King Jr. lutava pela minoria, por seus direitos e pela diminuição da desigualdade social. Uma boa luta, ainda utilizada nos dias de hoje por algumas comunidades cristãs. É interessante ver o inverso acontecer, porque enquanto a atual política utiliza a religião como política, um homem batalha com fé e razão, fazendo da política sua religião. 

Lucas Finkelstain

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